Princípios e Valores

Princípios e Valores

A produção de conhecimento que funde práticas e transformação social empoderando às pessoas é nossa aposta. Temos alguns princípios que estão em todos os processos que fundam nossas relações cotidianas:

  1. Respeito às alteridades: é um princípio ético que nos responsabiliza a colocar à vida em todas as formas e todas as suas dimensões em primeiro lugar. Respeitar às alteridades é saber que não há interpretação, caracterização, classificação...possível das pessoas. Entender que as relações saudáveis e respeitosas só são possíveis quando não estão no nível da compreensão (ontológico), mas é na relação de proximidade que podemos construir nossas redes.
  2. Solidariedade: estar junto às pessoas, ouví-las, construir juntos alternativas à economia capitalista é o grande pilar econômico da Analética. Pautada nos princípios das Economias Solidárias, do Bem-viver, da Economia de Francisco e Clara, Filosofias Latino-americanas, africanas e descoloniais a Analética torna-se uma instituição fluída, multidisciplinar, que em diálogo com teorias de rede, coloca-se a serviço das comunidades afim de junto a elas construir Empoderamento.
  3. Ubuntu: este conceito da cultura bantu nos permite uma dimensão antropológica que desde o princípio possibilita atuar em lógicas comunitárias rompendo com a base essencial do liberalismo e capitalismo: o individualismo. A ideia de que somos indivíduos, não passa de uma abstração fantasiosa que pauta outra ideia abstrata que fundamenta o capitalismo: a mão invisível do mercado. O capitalismo é uma religião que quer ligar o indivíduo ao Deus Dinheiro, Deus esse de uma cultura que almeja o desenvolvimento científico e tecnológico em detrimento da vida, de todo o tipo de vida. Os frutos desse avanço são restritos a uma pequena parcela das pessoas, enquanto a grande maioria da população mundial agoniza a miséria para que funcione esta grande roda ideológica da morte. Defendemos a concepção antropológica comunitária, de Ubuntu, na qual cada ser humano é importante em sua subjetividade, porque é fruto e protagonista de algo que vai muito além de si: a comunidade. A comunidade é a base fundante e fundamental à toda vida.