Sobre

Um coletivo de Educação e Cultura

Um coletivo de professor@s, estudantes e profissionais de diveras áreas que junt@s constroem a valorização da educação de qualidade e da atuação docente.

Desde 2014 alguns/algumas de nós buscam encontrar uma forma de criar uma instituição diferente, fluída, que responda aos anseios contemporâneos e ao mesmo tempo nos permita estarmos em caminho de libertação e valorização de nosso trabalho e nossa vida, podendo nos dedicar ao que amamos: construção de conhecimento de qualidade.

Em 2017 formamos um grupo coeso que durante o ano todo pensou, ensaiou, estudou e em dezembro chegamos a um modelo factível e dinâmico o bastante para acolher parceiras e parceiros que queiram permanentemente estar conosco. Esta construção foi essencial para o que veio depois.

Princípios e Valores

A produção de conhecimento que funde práticas e transformação social empoderando às pessoas é nossa aposta. Temos alguns princípios que estão em todos os processos que fundam nossas relações cotidianas:

  1. Respeito às alteridades: é um princípio ético que nos responsabiliza a colocar à vida em todas as formas e todas as suas dimensões em primeiro lugar. Respeitar às alteridades é saber que não há interpretação, caracterização, classificação...possível das pessoas. Entender que as relações saudáveis e respeitosas só são possíveis quando não estão no nível da compreensão (ontológico), mas é na relação de proximidade que podemos construir nossas redes.
  2. Solidariedade: estar junto às pessoas, ouví-las, construir juntos alternativas à economia capitalista é o grande pilar econômico da Analética. Pautada nos princípios das Economias Solidárias, do Bem-viver, da Economia de Francisco e Clara, Filosofias Latino-americanas, africanas e descoloniais a Analética torna-se uma instituição fluída, multidisciplinar, que em diálogo com teorias de rede, coloca-se a serviço das comunidades afim de junto a elas construir Empoderamento.
  3. Ubuntu: este conceito da cultura bantu nos permite uma dimensão antropológica que desde o princípio possibilita atuar em lógicas comunitárias rompendo com a base essencial do liberalismo e capitalismo: o individualismo. A ideia de que somos indivíduos, não passa de uma abstração fantasiosa que pauta outra ideia abstrata que fundamenta o capitalismo: a mão invisível do mercado. O capitalismo é uma religião que quer ligar o indivíduo ao Deus Dinheiro, Deus esse de uma cultura que almeja o desenvolvimento científico e tecnológico em detrimento da vida, de todo o tipo de vida. Os frutos desse avanço são restritos a uma pequena parcela das pessoas, enquanto a grande maioria da população mundial agoniza a miséria para que funcione esta grande roda ideológica da morte. Defendemos a concepção antropológica comunitária, de Ubuntu, na qual cada ser humano é importante em sua subjetividade, porque é fruto e protagonista de algo que vai muito além de si: a comunidade. A comunidade é a base fundante e fundamental à toda vida.

Frentes de Atuação

1. Eventos Presenciais: Cursos, palestras, aulas, rodas de conversa presenciais em espaços variados, que permitam a convivência física-corporal na construção de conhecimento.

2. Eventos pela Comunidade Virtual de Aprendizagem: Segundo Pierre Levy o virtual não se opõe ao real. É neste sentido que apostamos nas relações de construção de conhecimento por meio de nossa plataforma virtual de aprendizagem que permitirá interação em tempo real entre os membros, bem como a presença da professora/professor proponente dos cursos em videoconferência e participando cotidianamente da plataforma.

3. Editora: dado a grande quantidade de fluxos de produção de conhecimento teórico que produzimos, a possibilidade de publicação se faz essencial. Criamos uma dinâmica de edição e publicação sustentável, qual já está em funcionamento.

Ainda temos a potencialidade para duas frentes de atuação:

4. Incubadora Analética: tem a missão de constantemente analisar os fluxos econômicos em torno da Analética e incubar empreendimentos (empresas igualmente não capitalistas) para atender à demandas exigidas por estes fluxos, visando a libertação da força produtiva (liberdade financeira) dos membros da comunidade.

5. Pluriversidade Solidária: A intenção principal é que a Analética se torne uma pluriversidade solidária. O conceito nos vêm da Pluriversidade Amawtay Wasi do Ecuador e das reflexões geradas em torno dessa possibilidade, como por exemplo a entrevista de Boaventura de Souza Santos: Da Universidade à Pluriversidade: Reflexões sobre o presente e o futuro do Ensino Superior. Um de nossos objetivos a médio prazo mais ousados é construirmos uma escola com estes valores. Nós acreditamos que existe muita gente boa que ainda acredita no ser humano e no seu potencial colaborativo e solidário. Esta frente de atuação começa a fazer interlocuções com instituições já existentes para projetos de extensão universitária, assessorias de educação, participação em projetos coletivos, etc.

Em todas estas frentes o uso das ferramentas de comunicação e tecnologias sociais é pressuposto para uma realização eficaz e sustentável.

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